"O QUE PODERIA VIR.A.SER..."
“O QUE PODERIA VIR.A.SER...” é um espetáculo que narra crônicas construídas pelos artistas criadores, baseados em experiências cotidianas no meio urbano da cidade de Belém do Pará. Uma poética crítica e contundente toma conta dos discursos, realidades marcadas pela negligência, o abandono e a insensibilidade de pessoas comuns, em situações comuns. “Frio, insegurança, fome e alguma saudade, madrugadas de um abandono fútil e desinteressado. Viemos narrar nossas crônicas com o corpo. Luzes, cores e sinais de transito, histórias que se encontram nos cruzamentos do acaso, nas ruas e avenidas do esquecimento. Viemos contar o que nos incomoda! Tudo o que é e o que não é ao mesmo tempo, o que Pode ser o que gostaríamos que fosse...”
Trabalho pesquisa e produção do Coletivo, “O QUE PODERIA VIR.A.SER...” é um espetáculo/performance que aglutina linguagens como a dança, o teatro, o circo e a iluminação experimental e alternativa. Os aspectos que gostaria de ressaltar sobre este trabalho são a sua plasticidade, sua potência imagética, suas dramaturgias e as características colaborativas de seu processo de criação e produção artística. “O QUE PODERIA VIR.A.SER...” possui uma plasticidade ímpar, onde de maneira sincrética e experimental o Coletivo consegue transforma-lo em uma instalação artística, num espetáculo/performance, numa exposição fotográfica e até num videodança.
Outra característica marcante deste trabalho é a sua visualidade, todos os objetos utilizados em cena foram confeccionados artesanalmente pelos integrantes do Coletivo, desde as gambiarras de luzes (iluminação) até os objetos cênicos (cenário), daí esta potência imagética do trabalho, uma explosão de luzes e cores. Isto ressalta as características alternativas e experimentais do Coletivo. As dramaturgias do trabalho têm sua gênese nas experiências vivenciadas pelos próprios integrantes do Coletivo no meio urbano da “cidade de Belém, a maior Ruína de Pedra da Amazônia”. “O QUE PODERIA VIR.A.SER...” nasce como um emaranhado de relações e experiências vivenciadas pelos intérpretes criadores, banhado com uma forte crítica político-social.
“Tudo o que é e o que não é ao mesmo tempo, o que pode ser e o que gostaríamos que fosse...” verdades inventadas, recortes da realidade, crônicas poeticamente escritas para retratar o cenário caótico da sociedade paraense, assim como, expressar as potências artísticas dos integrantes do Coletivo baseados em suas próprias experiências com as artes e tudo o que isso desencadeia na sociedade.
É importante ressaltar que este espetáculo é o desdobramento de uma pesquisa realizada pelo Coletivo no decorrer do ano de 2015. Esta pesquisa teve início em 2014 como um desenvolvimento de investigações corpográficas do Coletivo no meio urbano da cidade de Belém do Pará. O Projeto “Homens de Areia em Ruínas de Pedras” foi contemplado com o Prêmio Funarte de Artes na Rua (Circo, Dança e Teatro) 2014.
Um Projeto de intervenções e investigações no meio urbano sobre as relações estabelecidas entre pessoas na rua, baseada na obra de Zigmund Baumam “Amor Líquido” – Sobre a fragilidade dos laços humanos. De maneira paralela o Coletivo iniciou um processo de criação, baseados nestas mesmas concepções e afetados pelas mesmas experiências e descobertas, no entanto, voltado para a caixa cênica (teatro, etc..), não para a rua.
“O QUE PODERIA VIR.A.SER...” nasce então, como um desdobramento do Projeto Homens de Areia em Ruínas de Pedras”. Atualmente esta pesquisa é desenvolvida de maneira paralela e autônoma pelo Coletivo, as dramaturgias deste espetáculo são mergulhadas em
discursos poéticos, políticos e com forte crítica social.
A grande potência deste trabalho, no entanto, está nas imagens projetadas nas paredes e nos corpos dos intérpretes-criadores pelas luzes artesanais confeccionadas pelos próprios artistas do Coletivo. Todo o processo de criação e construção deste espetáculo permanece sendo totalmente colaborativo. Eu, Renan Rosário assumi a direção artística e geral deste espetáculo, mas o processo de construção do mesmo foi totalmente descentralizado, por tanto colaborativo, olhares sensíveis e atentos às energias emanadas e as poéticas vislumbradas e construídas em conjunto. Resta dizer que este trabalho continua em processo sensível de recriação, aberto a tudo “O QUE PODERIA VIR.A.SER...”
Nosso Coletivo já realizou três temporadas deste espetáculo com excelente crítica do público, tivemos a oportunidade de apresenta-lo na cidade de Santa Maria – RS na programação do ENEARTE 2015 e durante a II Mostra de Teatro Amador do Teatro Universitário Cláudio Barradas em Belém no ano de 2016.
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO ARTÍSTICA: Renan Rosário ARTISTAS CRIADORES: Manoel Junior
Vanderson Henrique
DIREÇÃO DE SONOPLASTIA: Andrezza de Souza Renan Rosário
Darciana Martins
CONCEPÇÃO DE FIGURINO: Darciana Martins Andrezza de Souza
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Rômulo Pinheiro
ILUMINAÇÃO E VISUALIDADE: Rodrigo Pinheiro
APOIO TÉCNICO: Nivea Nogueira APOIO CULTURAL: DC - Doces e Companhia
Letícia Olivier Teatro Universitário Cláudio Barradas Escola de Teatro e Dança da UFPA
REALIZAÇÃO: Coletivo Movimento Poético em Cena
PRODUÇÃO ARTÍSTICA, GRÁFICA E AUDIOVISUAL (TRAILERS): MUIRAQUITÃ Produtora Independente
ARTE GRÁFICA

2° Temporada 2015

3° TEMPORADA 2016

3° TEMPORADA

3° TEMPORADA